Por Jessica Abbad - Repórter de Política
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Pronto a novela acabou, voltemos as nossas vidas
Nada, ou poucas coisas, conseguem mobilizar tanta gente quanto o final de uma novela.
O mensalão pode rolar, os políticos podem ser desonestos, as pessoas podem morrer esperando atendimento médico, a educação pode estar precária, nenhuma dessas pautas dá tanta audiência e leva tanta gente para frente de uma TV como a história de pessoas que na verdade nem existem.
Na última sexta-feira o Brasil parou para assistir o último capítulo da novela “Avenida Brasil”. Nas casas, nas ruas, nos bares da esquina, todas as televisões estavam sintonizadas na maior emissora do país. Nem parecia sexta-feira, dia do famoso happy hour com a galera, da balada, nada disso, o assunto mais tratado nas rodas de conversas era quem tinha matado o Max, até os que nunca assistiram à novela entraram em bolões e ficaram curiosos para descobrir quem era o assassino da vez.
Diante de tanta mobilização vem à pergunta: porque uma história fictícia da bem mais ibope do à realidade? Eu, sinceramente, ainda não consegui entender.
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